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Volta às aulas

Cá estou às voltas com os pré-requisitos para o mestrado. É muita papelada!

Planejo começar um mestrado ano que vem, em agosto. Não a gosto de Deus, mas no mês de agosto, quando começa o ano escolar do lado de cá. Pode até parecer que tenho tempo de sobra pra me preparar, mas com tantas exigências, tenho de correr!

Na ASU (Arizona State University), não tem exatamente o curso cujo tema eu gostaria de explorar, mas tem outras opções interessantes. O bacana agora, além da burocracia, vai ser decidir qual curso eu vou escolher!

Visita ilustre

O “cara” daqui está na cidade, ou melhor, no estado, desde ontem. Chegou no fim do dia e trouxe na bagagem mulher e filhas. É uma viagem da “Primeira Família” como dizem do lado de cá.

Os Obamas jantaram num restaurante mexicano, onde, em minha opinião, servem a melhor margarita do mundo! Talvez por isso Obama tenha ido.

Hoje foi dia de passear pelo Grand Canyon, uma das oito maravilhas, é o destino de quase cinco milhões de turistas todos os anos. Os que visitavam o parque hoje tiveram de ter paciência e praticamente não viram nada, o acesso foi restrito.

O presidente americano veio a Phoenix para o encontro anual de um grupo de veteranos de guerras estrangeiras (traduzindo mais ou menos). A organização reúne aproximadamente um milhão e meio de membros em todo o país, mas só 13 mil devem receber Obama amanhã. São os vips da corporação.

Mas eu estarei ocupada e tive de recusar o convite!

Reflexos de vizinhança

Viver em comunidade às vezes dá nos nervos. Me lembro de uma certa vizinha em Brasília que soltava o cachorro para caminhar sozinho pela rua fazendo cocô na entrada da garagem dos outros, da minha! Certo dia resolvi coletar as fezes do cachorro alheio. Acumulei um saco de cocô e fui até a casa dela devolver o que não me pertencia.

Agora a situação é um pouco diferente. As casas aqui no Arizona têm uma ruela nos fundos, que dá acesso ao quintal das residências. É o acesso do lixeiro, do leitor da energia elétrica, etc.

Eis que alguns vizinhos resolveram fazer da “alley“, a tal ruela, o depósito da vizinhança. Impressionante. Vários objetos podem ser encontrados. Sofás, colchões, cadeiras, par de tênis semi-novos, estantes, roupas, mesas, livros, garrafas e por aí vai.

Da primeira vez que morei aqui nos Estados Unidos, há 17 anos, encontrei uma televisão no lixo. A prática de simplesmente jogar fora, apesar da recessão que passa o país, continua. É o conceito do desperdício a todo vapor.

Vizinhos. Não só fazem da ruela pública e comum a todos nós da vizinhança, um depósito, mas ao fazer isso esbofeteiam a todos com o descaso ao excesso.

Por quê?

1 – Por quê o legislativo do Arizona aprovou, sexta-feira, no final do expediente, lei que permite portar armas em restaurantes e bares onde é servida bebida alcoólica?

a) porque somente em estabelecimentos assim, o cidadão vai precisar usar o revólver para defender sua cerveja;
b) porque os legisladores estavam atrasados para o happy hour com suas armas;
c) porque é perfeita a combinação álcool e armas. Todo mundo sabe disso.

2 – Por quê o legislativo do Arizona aprovou, no mesmo expediente que o da lei anterior, a lei que obriga a polícia local a agir como oficiais federais em casos de imigração?

a) porque os custos por preso são baixos e as cadeias estão vazias precisando de mais ocupação;
b) porque não há crimes no estado, deixando os policiais ociosos;
c) porque, afinal de contas, imigrante ilegal é bandido mesmo.

3 – Por quê o superintendente das escolas públicas do Arizona quer aprovar uma nova lei que bane os cursos étnicos nas escolas?

a) porque ele pode;
b) porque estudos sobre a raça negra ou justiça social para minorias é irrelevante;
c) porque etnias como as asiáticas e hispânicas não enriquecem a cultura americana.

Aborto

Assunto polêmico tanto aí no Brasil quanto aqui nos Estados Unidos, o aborto, que apesar de ser permitido legalmente do lado de cá, passa a ter uma nova lei no Arizona.

Os legisladores do estado, que parecem caminhar em direção a proibição, aprovaram ontem uma série de restrições à prática.

Com maioria republicana, o legislativo não teve dificuldades em aprovar a lei que, entre outras medidas, prevê um período obrigatório de espera de 24 horas antes de o aborto ser realizado. Garante ainda ao farmacista, o direito de se recusar a vender contraceptivos de emergência se o ato ferir seus valores morais.

De acordo com os registros do Departamento de Saúde do Arizona, 10.486 mulheres fizeram aborto em 2007.

Football

Vida com marido americano tem dessas coisas.

Agora, ao invés de assistir 11 homens de cada time correndo atrás de uma bola, tenho de entender porque 35 fazem isso. Estou falando dos jogos de futebol americano. Os times têm até 54 jogadores cada e em um jogo é possível que 30 ou mais se revezem na partida.

Hoje é dia. O time da casa, o Arizona Cardinals está na final. Quer dizer, ainda não, mas quase lá e já é grande coisa. Torçamos, pois!

As melhores, as piores, as mais chatas

Listas e mais listas. A da vez enumera as dez melhores cidades americanas para morar. As piores e as consideradas mais chatas. O estado do Arizona, onde moro, tem cidades em duas das listas.

A vizinha Mesa, onde dei à luz a minha filha há 19 anos e me trouxe também muitos momentos felizes, foi considerada pela Forbes a cidade mais chata da América. Por essa eu não esperava! Além disso, duas cidades aqui do lado, Chandler e Gilbert, estão em segundo e terceiro lugar na lista das cidades mais chatas do país!

Pra não me sentir totalmente arrasada pela redondeza, continuei na busca e encontrei uma pesquisa das dez melhores e piores cidades para morar dos Estados Unidos. Lá dei de cara com a capital do Arizona, Phoenix, entre as primeiras colocadas onde os americanos pesquisados preferem morar.

A pesquisa agradou ainda mais quando vi que Phoenix, não só está entre as dez cidades preferidas para se morar, como tem quatro cidades vizinhas entre as primeiras colocadas na lista!

Não sei o que é com essa região do lado de cá, mas acabei voltando.

Sorria…você está preso!

Tenho a impressão que no universo televisivo não falta absolutamente mais nada. Principalmente aqui na terra de Hollywood. São centenas de canais. Tem pra todo gosto. O que você imaginar, existe, e virou programa de televisão.

O mais novo da série “reality shows” foi criado pelo Xerife da cidade. Ou melhor, pelo canal Fox. Quer dizer, pelos dois. “Sorria…você está preso!” ou no original “Smile … You’re Under Arrest!” é um desses programas abomináveis. Tenho verdadeiro horror a reality shows, todos, sem exceção. Pois bem, agora, Joe Arpaio, o “xerife mais duro dos EUA”, como se auto-intitula, ganhou mais que um minuto de fama. É o dono do espetáculo. Supostamente para prender ainda mais criminosos aqui no Arizona.

O programa é como se fosse uma “pegadinha”. Os policiais e atores encenam uma situação qualquer em que o “procurado pela polícia” acredita estar participando de uma campanha para ganhar algum dinheiro em troca da participação. Sai de lá preso.

Joe Arpaio virou uma espécie de celebridade. Está no cargo há anos. Vale lembrar que é eleito pelo povo de Phoenix para ocupar a vaga e acaba de se reeleger pela quinta vez. Polêmico pelos métodos, já fez presos usarem cuecas cor-de-rosa.

Balanço do feriado

Do lado de cá, como aí no Brasil, final de semana, feriado e dia santo é dia de festa. O que também significa muita cerveja, cachaça, vodka e assim por diante. O que muda é a tolerância. Quer dizer, se por um lado aqui no Arizona é permitido até 0.8 de álcool, ninguém pode consumir bebida alcoólica em público e a polícia é ainda mais severa e vigilante quando o assunto é beber e dirigir.

A operação de “final de ano” parou mais de duas mil pessoas nas ruas da cidade e prendeu 179. Além disso, multou 1.100 pessoas por ultrapassar a velocidade permitida ou não usar o cinto de segurança.

Indústria da multa

As câmeras e radares de limite de velocidade, vigilantes das ruas e estradas aqui no Arizona, já arrecadaram US$ 6.6 milhões com mais de 40 mil multas emitidas no estado em apenas dois meses de funcionamento.

Vinte delas são fixas e quarenta móveis, totalizando 60 câmeras espalhadas pelo Vale. A expectativa é que até fevereiro do ano vem mais 40 sejam instaladas. As velhas conhecidas de muitos de nós brasileiros é uma novidade do lado de cá. Somente em setembro passado passaram a ser instaladas aqui no Arizona e, como no Brasil, causam muita polêmica.

O motorista flagrado acima da velocidade limite por aqui tem de desembolsar US$ 165 da multa e mais aproximadamente US$ 20 de taxas. Não é a toa que o sistema aqui também é conhecido como a “indústria da multa”. É uma pequena fortuna, praticamente R$ 462,00 por multa, se multiplicarmos o dólar por 2.5 como na última cotação de ontem de noite. Imagina isso vezes os mais de 40 mil multados.

E tem gente com muita raiva. Ontem, em uma cidade vizinha, um cidadão irado atacou uma dessas câmeras com um machado. O rapaz, de 26 anos, está preso e pode pegar até quatro anos de prisão.